Sunday, November 24, 2013


Lavoisier no Centro de Língua Portuguesa - Camões de Hamburgo a 20 de novembro de 2013

 

 
"O Pato"
 
 
 
"Alecrim"
 
 
 
"Pessoa"
 
 

O Prof. Doutor Martin Neumann apresenta os Lavoisier ao público que enchia o
Centro de Língua Portuguesa - Camões da Universidade de Hamburgo




Patrícia e Roberto durante o espectáculo





Patrícia e Roberto conversam com o público





Aspectos do público







 
 
Eles são jovens, originais, criativos e senhores de uma dinâmica muito deles. Interpretam música popular portuguesa, também brasileira, e composições próprias à volta de textos de Fernando Pessoa. Os registos musicais são vários e, tal como aquele em cuja sombra tutelar o nome do grupo, Lavoisier, se inspira, também eles tomam como mote o conceito de constante transformação. Reclamam-se da herança de Fernando Lopes-Graça e Michel Giacometti, ao mesmo tempo que do Tropicalismo e do Movimento Antropofágico brasileiro. Na capa do seu CD visualizamos, através de capas de LPs antigos espalhados à volta dos dois músicos e até ao colo deles, aquilo de que se "alimentaram" musicalmente até agora: Nina Simone, Caetano Veloso, The Beatles, Elis Regina, Jeff Buckley.

Vale a pena aguardar o que se prepara no seio deste casal de artistas na sua relação com a tradição e a actualidade, quando se está atento à "Tua alma os dois onde estão dois, / Tua alma o um que são dois quando dois são um" (Álvaro de Campos, "Saudação a Walt Whitman").


http://www.whoislavoisier.com/


Um agradecimento muito especial à Diana Pauly, assistente do Centro, e à Drª Adelina Almeida, cujo generoso apoio logístico possibilitou a vinda dos Lavoisier ao Centro Camões de Hamburgo.
 
 

  
 
Roberto Afonso, Patrícia Relvas, Vania Karsch, Ana Delgado
em convívio no Grindelhof depois do espectáculo.


vd. também http://cepealemanha.wordpress.com/iniciativas/iniciativas-dos-leitorados/
 

Wednesday, July 24, 2013


Gonçalo Cadilhe no Centro de Língua Portuguesa / Instituto Camões de Hamburgo a 12 de junho de 2013

 
 
 













 

 Gonçalo Cadilhe, o viajante radical

 
Poderá escapar ao observador distraído – e somos todos observadores distraídos nesta era televisiva e mediática – assistindo a uma das conversas de Gonçalo Cadilhe, que é também um comunicador de excelência e sabe entretecer os relatos das suas viagens com histórias divertidas e cheias de humor, que nos fazem rir e sorrir, o tipo de viajante que este ainda jovem português é. Nasceu na Figueira da Foz em 1968 e licenciou-se em Gestão de Empresas mas, em vez de optar por uma carreira estável de gestor, abandonou tudo, emprego, família e país natal, para começar a viajar e escrever. Uma escolha radical, digna do protagonista do filme de Alain Tanner Charles mort ou vif.1
 
Escolha radical, antes de mais, por aceitar da condição humana aquilo que a maior parte de nós tenta exorcizar: a nossa curta vida é uma viagem entre nascimento e morte, a nossa condição inelutável o movimento e a transformação. Radical ainda o que daí advém: à aceitação de uma vida que permanentemente está “fora”2, e aprende a designar também como sua casa, terá de corresponder a escolha de radical abertura ao Outro.
 
Abertura ao Outro que levará o nosso viajante entusiasta e radical a fazer travessias oceânicas em cargueiros durante meses de solidão; a “não escutar mais notícias depois do 11 de Setembro”3; a questionar preconceitos e lugares-comuns sobre o Outro e sobre a própria identidade, repensando radicalmente “mitos de portugalidade”. Levá-lo-á ainda de uma escrita mais ligada à crónica de viagens para uma escrita mais e mais introspectiva.4
 
Não nos é difícil imaginar que Gonçalo Cadilhe continuará o seu belo e radical percurso com mais viagens e mais textos que nos farão pensar, seguindo o conselho do poeta de “Ítaca”5, e recordando-nos a observação de Melville: “E se fores um filósofo, mesmo estando sentado no barco de pesca à baleia, não sentirás no fundo do teu coração nem um bocadinho mais de terror do que se estiveres sentado em tua casa ao serão em frente da lareira, com um jogo de póquer e não um arpão ao teu lado.”6
 
Ana Maria Delgado

1 O filme de Alain Tanner (1969) venceu o Leopardo de Ouro no Festival Internacional de Locarno do mesmo ano.
[2] Gonçalo Cadilhe, 1 km de cada vez. Lisboa: Oficina do Livro, 6ª ed. 2010 (1ª ed. 2009), p. 139, cap. “Angústia de estar fora”.
[3] Id. Ibid., p. 135-6, cap. ”O fio das canções”.
[4] Vd. o texto de Luísa Coelho no Portugal Post de junho de 2013, “A literatura como viagem”.
[5] Trata-se do poema “Ítaca” de Constantinos Kavafis, traduzido por Jorge de Sena.
[6] Herman Melville, Moby Dick, cap. 60, “The Line”, a citação completa: “All men live enveloped in whale-lines. All are born with halters round their necks; but it is only when caught in the swift, sudden turn of death, that mortals realize the silent, subtle, everpresent perils of life. And if you be a philosopher, though seated in the whale-boat, you would not at heart feel one whit more of terror, than though seated before your evening fire with a poker, and not a harpoon, by your side.”


A conversa teve a moldura musical de dois temas interpretados pelo compositor e músico brasileiro Eduardo Macedo, a quem agradecemos a gentil colaboração.
 

Eduardo Macedo interpreta um tema musical (vídeo)

Saturday, July 13, 2013


Vicente Cervera Salinas e Alma Oblíqua na Universidade de Hamburgo


 
vicente_cervera_salinas
O Centro de Língua Portuguesa / Instituto Camões de Hamburgo participou no passado dia 25 de junho de 2013 às 10.00 h  numa aula-evento em cuja organização se orgulha de ter participado. A pretexto da publicação em língua portuguesa do volume de poemas de Vicente Cervera Salinas Alma Oblíqua no Brasil, com tradução de Rodrigo da Rosa, a Professora Doutora Inke Gunia recebeu numa aula de Literatura Espanhola o professor catedrático da Universidade de Múrcia. Vicente Cervera Salinas visitou a Universidade de Hamburgo no âmbito de um programa ERASMUS. O Instituto Camões de Hamburgo teve a honra de fazer as apresentações e os contactos, lançando assim as bases para o que todos esperam seja uma fértil colaboração e intercâmbio entre as duas universidades.
 
O poeta leu uma seleção de poemas para os quais os alunos tinham escolhido previamente imagens e música; depois de cada poema a Profª Drª Inke Gunia abriu um espaço de entrevista, no qual todos puderam participar.
 
Muitos parabéns a todos os participantes, com os melhores votos de futura colaboração.
 
 
Vídeos do evento no YouTube:
 
http://www.youtube.com/watch?v=CgamPzFPpig
 
http://www.youtube.com/watch?v=r-gfllEKWCc&feature=youtu.be

Vd. também:

http://www.clpic.uni-hamburg.de/pt/lesungen/vicente-cervera-salinasvicente-cervera-salinas/
 
 
 







 
 
 
 
 
 
 


Friday, May 31, 2013

 
 
 
 
 

"Wozu  Dichter in dürftiger Zeit?" - Sérgio Vaz no Centro de Língua Portuguesa/Instituto Camões na Universidade de Hamburgo

 
 
"Para quê poetas em tempos de indigência?" - Os versos de Friedrich Hölderlin podiam bem servir de epígrafe à obra de Sérgio Vaz, o poeta e ativista cultural que, no dia 24 de maio de 2013, o CLP/IC recebeu no âmbito da Semana de Literatura Marginal em Berlim, Hamburgo e Colónia. Os organizadores do evento, Prof. Dr. Markus Klaus Schäffauer e Ingrid Hapke, apresentaram Sérgio Vaz ao numeroso público (cerca de 40 pessoas) que enchia a sala. Sérgio Vaz contou então como se tinha tornado poeta.
 
Terá sido com a leitura de D. Quixote de la Mancha que Sérgio Vaz tomou consciência de que não era tão louco quanto ele próprio pensava, nem as pessoas ditas "normais" eram tão normais quanto elas pensavam. Mas, mais ainda do que isto, a leitura de Cervantes transformou-o numa pessoa feliz. A partir daí foi compreendendo, à medida que ia construindo a "Cooperifa" (um projeto sociocultural na periferia de São Paulo), que a sua missão era levar poesia e livros a quem nunca tinha podido ler, e filmes e teatro a quem nunca tinha podido assistir a esses espectáculos. Ingrid Hapke tornou possível, com a sua eficientíssima interpretação ("Dolmetschen"), que o público alemão pudesse acompanhar a história de Sérgio Vaz.
 
Mais ainda do que palestra sobre a sua vida e obra, a sessão de Sérgio Vaz transformou-se numa verdadeira performance quando começou a ler poemas de sua autoria. E como tal não tardou a ter uma resposta do público, que logo dedicou um poema ao "Senhor Vaz". O momento do testemunho aconteceu também, pela voz de um jovem estudante alemão, que se apresentou e perguntou se sabiam onde ele tinha começado a gostar de poesia. Para espanto de muitos, informou que tinha sido na Cooperifa, com Sérgio Vaz.
 
O patrono do Centro, o poeta Luís - também Vaz - de Camões estará provavelmente a sorrir, lá do céu...
 
 
 

"Wozu Dichter in dürftiger Zeit?" - Sérgio Vaz im Centro de Língua Portuguesa/Instituto Camões in der Universität Hamburg

 
Diese Zeilen von Friedrich Hölderlin könnte man als Motto dem Werk von dem brasilianischen Dichter und Kulturaktivisten Sérgio Vaz zuschreiben. Am 24. Mai 2013 durfte das CLP/IC im Rahmen der Woche der Marginalen Literaturen in Berlin Hamburg und Köln den Poet und Kulturaktivist Sérgio Vaz in Hamburg begrüßen. Die Organisatoren der Veranstaltung, Prof. Dr. Markus Klaus Schäffauer und Ingrid Hapke, präsentierten Sérgio Vaz dem großen Publikum (circa 40 Interessierte), welches den ganzen Raum einnahm.
 
Mit der Lektüre des D. Quichote de la Mancha soll Sérgio Vaz entdeckt haben, dass er nicht so verrückt war, wie er dachte und auch die "normalen" Menschen nicht so normal, wie sie dachten. Die Geschichte von Cervantes hat darüber hinaus Sérgio Vaz zu einem glücklichen Menschen gemacht. Es hat Sérgio Vaz dazu gebracht die "Cooperifa" (ein soziokulturelles Projekt in der Peripherie von São Paulo) zu gründen, mit dem Ziel, Menschen Literatur, Filme und Theater näher zu bringen, die nie die Chance hatten, diese zu erleben. Ingrid Hapke brachte mit ihrer Übersetzung die Geschichte von Sérgio Vaz dem deutschen Publikum nahe.
 
Als Sérgio Vaz anfing seine Geschichte zu lesen wurde der Vortrag über sein Leben und Werk zu einer Performance. Als solche hat das Publikum ihn auch wahrgenommen und ihm gleich eine Antwort gegeben in Form eines Gedichts mit dem Titel "Senhor Vaz". Der "Beweis" für die Wirkung von Sérgio Vazs Projekt kam überraschenderweise von einem jungen deutschen Student, der sich vorstellte und dem Publikum erklärte, an welcher Stelle er angefangen habe Poesie zu mögen. Zur Überraschung von vielen war es in der Cooperifa mit Sérgio Vaz gewesen.
 
Der Patron vom Centro, der Poet Luís - ebenfalls Vaz - de Camões hat wahrscheinlich lächelnd vom Himmel runtergeblickt...
 
(Deutsch von Sarah Isabel Hachmann)
 
 
 
 
 




 
 

 
 







 
 





Ingrid e Sérgio


 
Ana Quintão,
jurista e dinamizadora do Grupo de Discussão sobre Temas Brasileiros (GDTB)
na Universidade de Hamburgo



 
Rafael  recita "Senhor Vaz"
 
 
 
 
Sérgio assina livros no final da sessão



 
Ingrid Hapke, Sónia e Sérgio Vaz, Vania Karsch, Ana Quintão, Ana Delgado, Prof. Markus Klaus Schäffhauer
 
 
 
Vd. também o blogue de Sérgio Vaz, "Colecionador de pedras 2":
 
 
 
e o blogue da Coordenação do Ensino de Português na Alemanha:
 

Tuesday, April 23, 2013


Descobrindo Bamberg, sede da E. T. A. Hoffmann-Gesellschaft

 
 
 
 
 
 

Sunday, March 31, 2013


A todos, votos sinceros de uma Páscoa Feliz!