Wednesday, December 22, 2010
Sunday, December 19, 2010
Monday, December 13, 2010
O grupo musical de alunos de Português do Instituto de Romanística da Universidade de Leipzig interpreta a canção "Astronauta", de Baden Powell e Vinicius de Moraes, por ocasião da inauguração da exposição "Fernão Mendes Pinto, Peregrinação - Deslumbramentos do Olhar", na Universidade de Leipzig a 26 de Novembro de 2010.
LusoNautas - Astronauta
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O grupo musical de estudantes de Português do Instituto de Romanística da Universidade de Leipzig, LusoNautas, interpretam "Canção do Mar", de Frederico de Brito e Ferrer Trindade, por ocasião da inauguração da exposição do Instituto Camões "Fernão Mendes Pinto, Peregrinação - Deslumbramentos do Olhar", na Universidade de Leipzig, a 26 de Novembro de 2010
LusoNautas - Canção do Mar
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Friday, December 3, 2010
Inauguração da exposição Fernão Mendes Pinto, Peregrinação - Deslumbramentos do Olhar em Leipzig
A exposição do Instituto Camões Fernão Mendes Pinto, Peregrinação - Deslumbramentos do Olhar foi inaugurada em Leipzig no passado dia 26 de Novembro, às 11.45 h, numa sala da Hochschule für Musik und Theater Felix Mendelssohn Bartholdy.
Monday, November 29, 2010
O primeiro retrato oficial do Papa Bento XVI exposto em Leipzig
Thursday, November 4, 2010
Chaplin dança na Ópera de Leipzig
Friday, October 22, 2010
Wednesday, October 13, 2010
Saturday, October 9, 2010
Wednesday, October 6, 2010
Monday, September 27, 2010
Friday, September 24, 2010
Saturday, September 18, 2010
Thursday, September 16, 2010
Sunday, September 12, 2010
Thursday, August 26, 2010
Sunday, August 15, 2010
Wednesday, August 11, 2010
Wednesday, August 4, 2010
Chemnitz III - Uma floresta petrificada sob a cidade
Uma cidade esconde sempre alguma coisa, ou porque não tivemos tempo suficiente para ver tudo, ou porque a habitámos demasiado tempo e tudo se tornou hábito. No caso da cidade saxónia de Chemnitz, sobre a qual tenho vindo a escrever, há todo um tesoiro escondido e por explorar, com 290 milhões de anos, literalmente soterrado sob a cidade. Trata-se de uma floresta petrificada, que deve a sua formação a uma erupção vulcânica de grandes dimensões. A lava e cinza espalhou-se por uma área de dez quilómetros e, tendo absorvido muita da humidade da atmosfera, caiu sobre uma floresta virgem tropical que está agora, conservada pela petrificação, sob a cidade de Chemnitz. Tal como explica o especialista em fósseis Jörg Schneider, toda essa área da floresta ficou transformada em pedra no intervalo de poucas horas.
O jornal da região Sächsische Zeitung noticia, a 30 de Setembro de 2009, a descoberta de um animal dessa época durante as escavações, anterior mesmo aos dinossauros, com o aspecto de uma serpente com pernas. Na opinião dos especialistas, muitos outros animais poderão ser trazidos à luz pelo trabalho de escavação: répteis, insectos, aranhas, escorpiões, e até libelinhas com asas de vinte centímetros, entre outros. Nesta época longínqua, a Europa estava ainda ligada à América do Norte - juntas formavam uma placa de pedra que se localizava perto do Equador, com temperaturas de trinta graus centígrados na época das chuvas e de quarenta na época seca. No lugar onde hoje se encontra Chemnitz crescia então uma luxuriante floresta tropical de árvores coníferas, fetos e cipós.
Uma pequena parte desta a que alguns chamam já a oitava maravilha do mundo pode ver-se no Museu de História Natural de Chemnitz. O conjunto que constitui a floresta petrificada de Chemnitz poderia muito bem vir a ser considerado o maior e mais importante fóssil da Europa e ser classificado pela UNESCO como património mundial. Chemnitz ganharia assim uma nova e bem diferente imagem de marca no séc. XXI, e poderia vir a transformar-se num dos locais mais visitados da Europa.
A floresta petrificada mais conhecida do mundo fica no Arizona, nos Estados Unidos da América, e faz parte do planalto do Colorado e do deserto conhecido como "Painted Desert". O filme The Petrified Forest, de 1936, com argumento de Delmer Daves, tem este cenário como pano de fundo, e era (provavelmente pelo belo diálogo das personagens principais sobre livros) um dos filmes preferidos de Jorge Luis Borges.
Vd. Stephan Schön, "Eine Vulkanexplosion verschüttete den Chemnitzer Ursaurier und rettete ihn so bis heute", in: Sächsische Zeitung, 30 de Setembro de 2009
Monday, August 2, 2010
Wednesday, July 14, 2010
Chemnitz II -
A história da Villa Esche começa em 1898, quando Johanna Esche lê um número da revista de Munique, Artes Decorativas, dedicado ao arquitecto belga Henry Clément van de Velde, e decide com o marido, o empresário industrial Herbert Eugen Esche, director da fábrica de meias "Moritz Sml. Esche", encomendar o mobiliário para a residência da família no bairro de Kaßberg em Chemnitz. Este bairro é hoje em dia considerado um dos conjuntos arquitectónicos mais bem conservados da Arte Nova europeia. Muito em breve decidem que gostariam de viver num ambiente mais harmonioso, no qual a mobília estivesse integrada na arquitectura interior e exterior, e em 1902 pedem a Henry van de Velde que projecte não só uma casa, mas um espaço de vida como obra de arte total.
Foi o primeiro projecto de van de Velde na Alemanha, e documenta a sua interpretação racional do "Jugendstil" (Arte Nova). Van de Velde renuncia à ornamentação floral exuberante do anterior "Jugendstil" e opta por linhas direitas e funcionais. É um dos seus primeiros "esboços para a vida", ligando a funcionalidade com uma grande exigência artística, e criando um novo estilo que se quer simultaneamente um estilo de arte e de vida. Note-se que a rota de van de Velde o conduzira da França, passando pela Bélgica e Holanda, até à Alemanha e Polónia, sendo Weimar, na Turíngia, e Chemnitz, na Saxónia, pontos importantes deste itinerário. Van de Velde deixará a sua inscrição em Chemnitz em mais três projectos: uma outra vivenda para o irmão de Anni Esche, o Dr. Theodor Körner, a remodelação da vivenda dos pais de Anni, e uma encomenda do irmão de Herbert Esche para um clube de ténis (que infelizmente já não existe).
Henry van de Velde projecta, como artista multifacetado que era, não só a arquitectura exterior e interior da residência e os jardins, mas todos os pormenores da casa, desde portas, janelas, batentes, sanefas, papel de parede, tapetes, clarabóia, móveis-cobertura para radiadores, mobília, porcelana, pratas, talheres, vestuário para a Senhora Escher, e utensílios vários.
Em 1904, a família muda-se para a Villa e, no ano seguinte, Edvard Munch é convidado do casal e pinta, durante essa estadia, os retratos dos dois filhos de Anni e Herbert Esche. Em 1911 fazem-se obras na residência com orientação de van de Velde. Neste mesmo ano Anni morre e Herbert Esche fica na Villa até finais da 2ª Grande Guerra e deixa Chemnitz no Outono de 1945. A Villa Esche é utilizada para vários fins e sofre modificações até ficar vazia em 1990 e em estado de degradação avançada. É então adquirida por uma sociedade de administração imobiliária, que empreende a sua total recuperação como monumento arquitectónico de grande qualidade à escala europeia. Com base no que restava da residência e em fotos, modelos e esboços de vários arquivos europeus, pensou-se não só na recuperação deste monumento em adiantada fase de degradação, mas também na climatização, saídas de emergência, nas directrizes de raiz para espaços culturais, e em pormenores importantes como a reconstrução da clarabóia e do soalho e a pintura das paredes exteriores segundo um método especial que produz um efeito de "arranhão".
A Villa Esche é solenemente inaugurada em 2001, com um concerto de Ano Novo, e passa a funcionar como plataforma cultural e ponto de encontro privilegiado da economia, ciência, cultura e arte na região da Saxónia. É um espaço elegante e calmo, onde se sente ainda a presença inspiradora do espírito do seu arquitecto, o belga Henry van de Velde. Alberga e é palco de conferências, workshops, seminários, residência de artistas, eventos culturais, concertos, exposições, possuindo ainda um restaurante e serviço de casamentos e eventos especiais. Em 2003 festejou-se o centenário da Villa Esche, que permanecerá como testemunho vivo da amizade entre o empresário saxónio Herbert Esche e o arquitecto belga Henry van de Velde, um dos protagonistas da história da arte europeia na viragem do séc. XIX para o séc. XX.
Vamos ainda ver o impressionante conjunto arquitectónico que é o bairro de Kaßberg, em "Jugendstil", e regresso a casa depois deste inesperado encontro com Henry van de Velde na cidade saxónia de Chemnitz, sentindo que a página da memória está, no que toca ao dia de hoje, completamente preenchida.
Tuesday, July 13, 2010
Saturday, July 10, 2010
Friday, July 9, 2010
Saturday, July 3, 2010
Friday, July 2, 2010
Thursday, July 1, 2010
Monday, June 28, 2010
Thursday, June 24, 2010
Wednesday, June 23, 2010
Tuesday, June 22, 2010
Wednesday, June 16, 2010
Tuesday, June 15, 2010
Monday, June 14, 2010
Sunday, June 13, 2010
Saturday, June 12, 2010
getting some fun out of life, madeleine peyroux
Getting some fun out of life, um original de Billie Holiday, cantado por Madeleine Peyroux
Friday, June 11, 2010
Wednesday, June 9, 2010
Sunday, June 6, 2010
O café segundo J. S. Bach (I)
À casa de Clara e Robert Schumann na Inselstrasse 18, onde o casal viveu durante os primeiros anos de casamento, e à casa-museu de Mendelssohn na Goldschmidstrasse 12 (antiga Königstrasse), onde Mendelssohn viveu e morreu, junta-se desde Março de 2010 o Museu Bach, em frente da Thomaskirche. Nesta belíssima igreja gótica foi Bach Thomaskantor, director do coro da igreja, e responsável pela música das quatro principais igrejas da cidade, e pela composição e apresentação de uma cantata todos os domingos e feriados.
Bach dirigiu também, de 1729 até pelo menos 1741, o Collegium musicum, fundado por Telemann, e foi para este conjunto estudantil que escreveu alguma da sua música profana, como a Kaffeekantate. Estas composições são semelhantes, do ponto de vista da estrutura, à ópera, e ilustram a faceta mais humorística de Bach. A Kaffeekantate terá sido estreada no Café Hauss, na Katharinenstrasse 14 (o edifício foi destruído durante a 2ª Grande Guerra). Aí se davam à noite concertos que são bem prova da exigência musical da burguesia emergente na cidade de Leipzig.
Se, tal como propõe Hans-Joachim Schulze no seu livro sobre a Kaffeekantate, lermos nos objectos domésticos referidos na relação de bens deixados por Bach, após a sua morte em 1750, um testemunho da vida familiar do compositor, então a composição terá sido também uma "sinfonia domestica", já que no rol havia várias cafeteiras a comprovar como a família Bach terá apreciado beber café.
(a continuar)
Bibliografia:
Hans-Joachim Schulze, Ey! Wie schmeckt der Coffee Süße. Johann Sebastian Bachs Kaffeekantate. Evangelische Verlagsanstalt Leipzig, 2006.
Imagens reproduzidas a partir do mesmo título bibliográfico, ilustrações de Christiane Knorr.
Friday, May 21, 2010
Chemnitz I, Monumento a Karl Marx
(a continuar)
Imagem: Monumento a Karl Marx em Chemnitz
Créditos da imagem: der-atlantikwall.de